Resgate de DNA arbóreo de espécies nativas

A restauração de ecossistemas degradados enfrenta dois grandes obstáculos: a perda irreversível de material genético de árvores nativas em áreas impactadas (como mineração ou desmatamento) e o longo ciclo reprodutivo dessas espécies, que podem levar mais de 20 anos para florescer e produzir sementes. Esse atraso significativo compromete a recuperação ambiental, enquanto o florescimento em árvores adultas de grande porte dificulta a polinização controlada e a coleta de sementes, limitando a eficiência dos programas de restauração.

Desenvolvemos uma abordagem inovadora que combina enxertia de ramos adultos em mudas jovens com aplicação de reguladores de crescimento vegetal. Esta técnica não só preserva o DNA original das árvores matrizes, permitindo sua replicação fiel em áreas degradadas, mas também induz florescimento precoce em menos de um ano – um avanço radical frente às décadas requeridas no ciclo natural. Como benefício adicional, as plantas enxertadas florescem em porte reduzido, facilitando operações de manejo, hibridização controlada e produção acelerada de sementes, tornando-se uma ferramenta valiosa para mineração, conservação ambiental e desenvolvimento agroflorestal.

• Velocidade: Florescimento 10–20x mais rápido que o ciclo natural.
• Fidelidade genética: Mantém o DNA das árvores originais da área degradada.
• Eficiência operacional: Floração em baixa altura permite polinização controlada e coleta ergonômica.
• Versatilidade: Aplicável a espécies nativas, diferentemente de técnicas existentes (ex.: eucalipto).

• Mineração: Restauração pós-exploração com genótipos locais.
• Conservação ambiental: Bancos de DNA vivo e recuperação de espécies ameaçadas.
• Agroflorestas: Desenvolvimento de híbridos tolerantes a secas ou pragas.
• Pesquisa científica: Estudos de genética e ecologia acelerados.

Gleidson Guilherme Caldas Mendes