Tubete Biodegradável de PEAD e Casca de Arroz com Aditivo Orgânico

A tecnologia aborda o duplo problema ambiental e operacional causado pelos tubetes no setor florestal. Ambientalmente, os tubetes de polietileno convencionais são persistentes, levando mais de 400 anos para se degradar. Operacionalmente, as alternativas biodegradáveis existentes (feitas de amido, fibras de coco, bagaço, etc.) possuem deficiências críticas: baixa resistência mecânica (levando a rachaduras e deformações no viveiro), degradação prematura, causação de déficit hídrico nas mudas e alto custo, inviabilizando sua adoção em escala.

A solução é um tubete produzido por injeção a partir de um novo material biocompósito. A composição patenteada combina:

• Matriz de PEAD: Garante a processabilidade e a durabilidade durante a fase de viveiro.
• Fase dispersa de micropartículas de casca de arroz: Atua como carga reforçante, melhora as propriedades mecânicas e dá um destino nobre a um resíduo agrícola.
• Agente de acoplamento: Promove a adesão entre a matriz plástica hidrofóbica e as partículas hidrofílicas da casca de arroz, essencial para a resistência do compósito.
• Aditivo oxibiodegradante orgânico: Catalisa a degradação oxidativa da cadeia polimérica após o descarte no solo, tornando-a suscetível à ação de microorganismos, sem utilizar metais pesados em sua formulação.

• Performance Igual ao Plástico no Viveiro: Resistente ao manejo, não racha, não deforma e não causa estresse hídrico na muda.
• Biodegradação Eficaz e Segura: O aditivo orgânico garante a fragmentação final do produto sem deixar resíduos tóxicos de metais pesados no solo.
• Economia Circular: Utiliza casca de arroz, um resíduo abundante da agroindústria, valorizando a cadeia produtiva e reduzindo o uso de plástico virgem.
• Compatibilidade Industrial: Pode ser produzido em máquinas de injeção convencionais, facilitando a adoção pela indústria.

• Viveiros Florestais: Produção de mudas para reflorestamento (eucalipto, pinus, teca, espécies nativas da Mata Atlântica, etc.).
• Fruticultura: Produção de mudas de frutíferas como maracujá, café e cítricos.
• Agricultura e Jardinagem: Produção de mudas de plantas ornamentais e hortaliças.
• Programas de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas: Onde a logística de retirada dos tubetes é inviável e a biodegradação é uma necessidade.

Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Luis Eduardo Almeida | Cristiano Cunha Costa