Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Física da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com o Institute of Macromolecular Chemistry (IMC) da Academia Tcheca de Ciências, desenvolveu um sensor eletroquímico inovador para a detecção e monitoramento preciso de vitamina C. A nova tecnologia, intitulada Sensor eletroquímico de ácido ascórbico, processo de obtenção e uso, pode ser aplicada no controle de qualidade em indústrias alimentícias, no desenvolvimento de medicamentos para indústriais farmacêuticas e até mesmo no monitoramento nutricional de alimentos e organismos.
A quantificação de vitamina C em alimentos, fármacos e outras matrizes sempre apresentou desafios significativos. “Nosso sensor soluciona esses problemas ao oferecer uma alternativa mais rápida e acessível para a detecção de vitamina C”, afirma o Prof. Alvaro Vianna.

Diante disso, a presente tecnologia utiliza um tipo de estrutura supramolecular modificada a fim de garantir maior estabilidade e sensibilidade na detecção do ácido ascórbico. Diferentemente dos detectores anteriores, que apresentavam limitações quanto à sensibilidade, linearidade e faixa de aplicação, o sensor oferece uma solução eficaz para esses problemas.
Outro grande diferencial da tecnologia é sua eficácia, que já foi testada com sucesso em produtos finais, como suco de laranja comercial, demonstrando um desvio inferior a 3% em relação ao valor informado pelo fabricante. Além disso, a invenção pode ser reutilizada sem perda de qualidade, destacando-se como uma ferramenta confiável e eficiente para a detecção de vitamina C.
A pesquisa foi coordenada pelo Prof. Alvaro Vianna Novaes de Carvalho Teixeira e teve a participação do discente Kairon Márcio de Oliveira, vinculado ao programa de pós-graduação em Física, além da Dra. Patrycja Bober e do Dr. Konstantin Milakin, ambos do IMC, e reforça o compromisso da Universidade com pesquisas de excelência e internacionalização. “Entre nossas perspectivas futuras estão ampliar a tecnologia desenvolvida para detectar outras substâncias, como a dopamina, que poderá ter um impacto considerável na área de saúde, e também usar a tecnologia para a detecção e determinação da concentração de gás carbônico em misturas gasosas usadas na prática do mergulho de grandes profundidades”, reiteram os pesquisadores da UFV. Com o apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica da UFV, os pesquisadores realizaram a redação e o depósito da patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Se interessou e quer saber mais? Clique aqui.
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