Pesquisa realizada por UFV E FIOCRUZ detecta Leishmaniose Visceral de forma rápida e eficaz

Uma inovação criada por pesquisadores do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Fundação Oswaldo Cruz – Instituto René Rachou (FIOCRUZ), pode representar uma solução promissora para o combate à Leishmaniose Visceral (LV). Essa descoberta é pioneira ao oferecer uma alternativa rápida e eficaz não apenas para a prevenção, mas também para o diagnóstico e tratamento dessa doença. A tecnologia já foi patenteada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial e está disponível para licenciamento por empresas interessadas em levar essa inovação ao mercado.

A LV é uma infecção grave, transmitida pelos parasitas do complexo Leishmania, endêmica em diversos países, principalmente nas regiões africanas, americanas e asiáticas, com taxa de mortalidade acima de 90% quando não tratada (OPAS, 2023).  No Brasil, a incidência em 2022 foi maior entre pessoas acima de 50 anos, especialmente homens. Os principais atingidos por essa doença são os animais, como cães e gatos que ao mesmo tempo são os vetores para a contaminação dos seres humanos. Atualmente, não existe uma vacina que elimine completamente o parasita, e as opções de tratamento disponíveis não garantem a cura total.

A proteína quimérica desenvolvida funciona como uma combinação de diferentes partes de proteínas, criando uma “superproteína” capaz de estimular o sistema imunológico de forma mais eficiente. Essa inovação tem o potencial de oferecer uma vacina eficaz, além de possibilitar o desenvolvimento de kits de diagnóstico rápido e tratamentos mais eficientes, beneficiando tanto humanos quanto animais. A expectativa é que, com o avanço dos estudos e parcerias com a indústria farmacêutica, essa solução possa estar disponível em escala comercial nos próximos anos, contribuindo para salvar milhares de vidas e controlar a disseminação da LV em todo o mundo.

A pesquisa foi coordenada pelo Prof. Tiago Antônio de Oliveira Mendes e teve a participação dos pesquisadores Renato Lima Senra e Luana Maria Pacheco Schittino, vinculados ao programa de pós-graduação em bioquímica e biotecnologia, além das Dras Jacqueline Araujo Fiuza e Soraya Torres Gaze Jangola de Souza, ambas do Instituto René Rachou/FIOCRUZ. Com o apoio do Núcleo de Inovação da UFV, os pesquisadores realizaram a redação e depósito da patente intitulada Proteína quimérica, composições vacinais e um kit diagnóstico. Ficou curioso e quer saber mais sobre a patente? clique aqui.

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